Vantagens e desvantagens de operações financeiras em aplicativos digitais

Com a popularização da internet, vender de forma simples e ágil tornou-se algo alcançável para a maior parte dos empreendedores. Agora, além de buscar pelas soluções, dicas e recomendações no ambiente digital, o cliente já consegue realizar a compra do produto e fechar o ciclo de interesse em determinada mercadoria. Mas, nesse universo digital, quais são as operações financeiras disponíveis? E ainda, elas realmente se apresentam como alternativas seguras e vantajosas para quem as utiliza?

Mobile banking/Apps de bancos 

Uma pesquisa realizada pela empresa Deloitte, de Tecnologia bancária, apontou um grande crescimento do mobile banking no Brasil. De acordo com a pesquisa, o número de “transações realizadas pelo mobile banking saltou de 37 bilhões em 2019 para 52,9 bilhões em 2020 – um aumento de 20% no período analisado.” 

Apesar desse aumento já aparecer gradativamente ao longo dos últimos anos, foi em 2020 que ele pode ser observado de uma forma mais sólida, afinal, em um contexto de pandemia e isolamento social, as operações financeiras em aplicativos digitais tornaram-se um meio mais seguro de comprar, e foi ganhando adeptos e mudando a cultura de empresas e usuários.

Quais são os principais benefícios das operações financeiras em aplicativos?

De forma bastante direta, os benefícios estão ligados ao conforto e agilidade na transação financeira – e isso não apenas do lado do usuário. Empresas que estão estruturadas para receber operações financeiras em aplicativos acabam por agilizar processos e favorecer vendas. No entanto, é preciso planejamento e organização para utilizar bem esses recursos e manter a saúde financeira da empresa em dia.

Pix

O pix é uma espécie de transação financeira que revolucionou o mercado desde que passou a funcionar no Brasil. Antes dele, só era possível realizar transações por meio de transferências como TED e DOC. O grande problema dessas transações, é que demandavam dias e horários específicos para concluir a operação, além disso, envolviam a cobrança de taxas para o usuário, causando um custo extra para as operações.

E por que o pix é tão revolucionário? Primeiro porque ele é gratuito para pessoa física (e também para algumas modalidades empresariais, como o Microempreendedor Individual MEI). Isso significa transações financeiras sem nenhuma taxa ou encargo! A alternativa, desenhada pelo Banco Central, é também instantânea e funciona 24h por dia, ou seja, você recebe/envia o dinheiro na mesma hora em qualquer momento do dia ou da noite.

O pix pode ser utilizado:

  • entre pessoas;
  • entre pessoas e estabelecimentos comerciais;
  • entre estabelecimentos;
  • e para pagamentos de taxas e impostos.

Mas, ainda sendo um método de pagamento revolucionário, muitas pessoas ainda costumam se perguntar: será que este é um método confiável? Meus dados estão seguros nesse tipo de transação?

Chave e QR Code Pix

Para que as transações sejam possíveis pelo sistema do PIX, entram em cena as chaves e QR Codes. De forma simples, elas podem ser entendidas como um “código” que vai orientar os dados da transação. No caso da chave pix, trata-se de uma espécie de resumo da sua conta, e as possibilidades de cadastro são o CPF, o celular, o email, e ainda uma chave gerada de forma aleatória. No caso do QR Code, trata-se de uma imagem gráfica gerada, que envolve a leitura pelo aparelho celular.

Whatsapp

Uma opção recente de operações financeiras em aplicativos digitais é a possibilidade de envio e recebimento de dinheiro pelo Whatsapp. Nomeado de Whatsapp Pay, ele permite que você faça essa operação sem sair da tela de conversas, e pode ser usado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas (com taxas para as pessoas jurídicas). Ele é executado pelo Facebook Pay e, no Brasil, a intermediação das transações é feita pela Cielo.

Mas e a segurança? Pensando em evitar ataques e vazamentos de dados, uma série de recursos de segurança integram o Whatsapp Pay, como a verificação em duas etapas, reforçando a segurança para o usuário. Seja para pagar ou receber, é necessário se cadastrar no Facebook Pay no WhatsApp, assim você insere seus dados e deixa a operação “autorizada” a acontecer.

Desvantagens das operações financeiras em aplicativos digitais

Segurança

Quando falamos em desvantagens das operações financeiras em aplicativos digitais, uma primeira questão que surge é relacionada à segurança. Será que meus dados estão seguros em transações digitais? A boa notícia é que a maior parte dos mobile bankings conta com um sistema robusto de segurança, que atende bem a maior parte dos clientes. No entanto, o quesito segurança vira um problema quando pensamos no roubo/furto do aparelho celular.

Dessa forma, sim, segurança é uma questão a ser considerada quando pensamos nesses tipos de transações. Mas, não por conta da parte técnica em si, mas pela facilidade de perda do aparelho celular que, se já estiver logado nesses aplicativos, pode facilitar a aplicação de golpes e outras fraudes. Portanto, para empreendedores e donos de negócio, é importante avaliar até que ponto essa alternativa representa um risco para os negócios.

Para não perder a praticidade oferecida pelas operações financeiras em aplicativos digitais, a dica é reforçar a segurança do celular com senhas fortes, verificação em duas etapas e o uso de digitais para desbloqueio da tela.

Baixo limite

Em alguns desses aplicativos aqui citados, há um limite para as operações financeiras, a depender da instituição que as regulam. No Banco do Brasil, por exemplo, em contas universitárias, o limite de pix diário gira em torno de 900 reais. Assim, caso você precise realizar uma venda em um valor mais alto, vai ser necessário que você utilize um outro tipo de operação.

Para acompanhar outras informações do universo empresarial e financeiro, confira outros textos aqui no blog da Sfhera. Você também pode enviar sugestões de temas nas nossas redes sociais.